domingo, 30 de outubro de 2011

O Autêntico Doutor

Pessoas exclamam que: “o mundo é dos espertos!”. No entanto, utilizando os mesmos vocábulos, é viável utilizar o Princípio da Inversão Dialógica (PID) e perante a situação apresentada indagar: “o mundo é dos espertos?”.

Tal princípio, utilizado em todo o contexto literário da TPG-E propõe que o ente promova a dúvida e reflita sobre as sentenças transitórias ou aparentemente permanentes, por fim, sintetizando-as.

Neste ínterim, nota-se que nem todos os seres estão espertos (visto as possibilidades, acessibilidades e oportunidades) e essa situação ocorre há tempos pela ausência de democratização do conhecimento, bem visualizada e vivenciada na adolescência.

Na literatura apenas os deuses e Deus possuíam o conhecimento e eles deveriam instruir os humanos. Atualmente o espaço é ocupado pelos doutores.

A palavra doutor é facilmente identificável em diversas línguas que mantém o seu radical; adveio do latim docere que se derivou em doctoris significando mestre, aquele que ensina. Doutor é uma palavra originada entre os anos de 1275-1325 e era titulada àquele que possuía a sabedoria e a utilizava para responder as indagações da humanidade o que equivaleria ao oráculo mitológico, porém na Idade Média. (Palavra criada antes do termo advogado que pressupõe registros a partir de 1350-1400 e médico entre 1640-1650).

Ensinando gerações a humanidade manteve o título acadêmico, que é usado comumente como vocativo por médicos, advogados e psicólogos; foi oferecido a esses profissionais como oferenda mitológica de um público, que muitas vezes, não deseja conhecer-se, indagar-se, e sim, é sedento de respostas prontas e direcionais; um público domesticado. 


Autenticamente, o título corresponde a poucos, independente do diploma, àqueles que promovam a sua atitude profissional de semear o conhecimento; e não àqueles que apoiam a oferenda secular de aprisionar o conhecimento, realizando desejos de uma sociedade que por vezes, criou um grupo para se impor a outro e se equivaler a terceiros.

Infelizmente, poucos possuem a possibilidade de acesso a informações orientadas, o que favorece a adulação servil existente sob a condição de apatia e inércia e que induz publicar esta escritura pensando no tédio, um sono do qual se pode acordar.

Deste modo, se afirmam que o mundo é dos espertos, outrossim, indago se é adequado que a humanidade se apresente subjetiva e fisicamente desta forma. Pois, frise-se que na diferença de seres nesse reinado humano todos podem contribuir se cada totalidade de ente possuir o viável interesse; portanto, cada pessoa é uma pedra arremessada ao lago, que provoca ondeantemente o apático o que auxilia a construir o mundo de que os poetas sublimam.







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