No III Congresso de Resiliência, no México, em 2007, foi apresentado a seguinte definição:
“A Resiliência, é um conceito jovem, no meio social e dentro da Psicologia. Ver o mundo desde a Resiliência é como andar de bicicleta e lançar-se em busca de novas experiências. É abrir caminhos onde parece que não existem; é descobrir horizontes de conhecimento. É desfrutar de uma mesma maravilha ao alcance. É transformar as habilidades em competências sociais. É atrever-se a pedir ajuda e saber recebê-la. É conhecer o risco, medi-lo e ultrapassá-lo. É construir com os outros, e dar um sorriso. É crescer com senso de humor e alegria com valores de família. É seguir uma estrela; é enfrentar com criatividade cada problema. É renovar o espírito e as energias. É superar os obstáculos. É saber de onde viemos, e aonde queremos chegar. É promover o melhor de nós. É regressar a nossa casa e sentir-se bem. Confiar no amor, e sentir-se protegido”.
Talvez você se encante com essa possibilidade humana; ou se pergunte: “Nossa, uma pessoa resiliente existe?”. Mas eu, e talvez você, também faria a pergunta por outro ângulo: “No mundo de hoje, há alguém que sobreviva para conseguir isso?”.
A Resiliência é um termo originário da Física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura.
Com o exposto, respondendo as indagações acima, isso representa, que sim, que o ser humano possui a capacidade, uma força própria, interna, que o permite viver numa homeostase psíquica. Isto é, pelo fato do humano ser só, numa condição de unidade, ele mesmo se auto-regula. É como andar de bicicleta, experienciar e explorar-se, como faz uma criança.
Porém, esta capacidade, ser resiliente, é extremamente necessária para a permanência numa boa sociedade, entendendo que o humano, numa dialética, perpassa da individualidade para a grupalidade voltando para sua individualidade. É o caminhar de uma Energia.
Todavia, a pessoa resiliente, e os estudiosos do assunto, aparentemente não compreenderam esse fluxo dialético, contradizendo-se, pois sustenta uma sociedade autodestrutiva, e deseja uma comunidade mais colaborativa. Sua autoregulação é apenas estudada, declarada e profetizada como uma condição “auto”, não investindo e permitindo o caminhar da Energia, esta que apenas segue em frente com a tomada de conscientização desse processo.
Nesse sentido, se a dita sociedade normal humana é negar seu ser-no-mundo, e ser um Ser solitário que se autoregula, MAS não constrói com os outros; prefiro não ter essa normalidade.
O Ser Resiliente, é um ícone para um adequado grupo social, sendo este, hoje, praticamente inexistente, pois as pessoas negam sua solidão, buscando um grupo harmonioso, possuindo atitudes egoístas.
Arre... Não sei andar de bicicleta. Mas parece que sei sorrir...
ResponderExcluirFaz pensar...
Muitos beijos
Love you...