quarta-feira, 3 de junho de 2009

Resiliência. O Eu para Nós

No III Congresso de Resiliência, no México, em 2007, foi apresentado a seguinte definição:


“A Resiliência, é um conceito jovem, no meio social e dentro da Psicologia. Ver o mundo desde a Resiliência é como andar de bicicleta e lançar-se em busca de novas experiências. É abrir caminhos onde parece que não existem; é descobrir horizontes de conhecimento. É desfrutar de uma mesma maravilha ao alcance. É transformar as habilidades em competências sociais. É atrever-se a pedir ajuda e saber recebê-la. É conhecer o risco, medi-lo e ultrapassá-lo. É construir com os outros, e dar um sorriso. É crescer com senso de humor e alegria com valores de família. É seguir uma estrela; é enfrentar com criatividade cada problema. É renovar o espírito e as energias. É superar os obstáculos. É saber de onde viemos, e aonde queremos chegar. É promover o melhor de nós. É regressar a nossa casa e sentir-se bem. Confiar no amor, e sentir-se protegido”.


Talvez você se encante com essa possibilidade humana; ou se pergunte: “Nossa, uma pessoa resiliente existe?”. Mas eu, e talvez você, também faria a pergunta por outro ângulo: “No mundo de hoje, há alguém que sobreviva para conseguir isso?”.

A Resiliência é um termo originário da Física, que se refere à propriedade de que são dotados alguns materiais, de acumular energia quando exigidos ou submetidos a estresse sem ocorrer ruptura.

Com o exposto, respondendo as indagações acima, isso representa, que sim, que o ser humano possui a capacidade, uma força própria, interna, que o permite viver numa homeostase psíquica. Isto é, pelo fato do humano ser só, numa condição de unidade, ele mesmo se auto-regula. É como andar de bicicleta, experienciar e explorar-se, como faz uma criança.

Porém, esta capacidade, ser resiliente, é extremamente necessária para a permanência numa boa sociedade, entendendo que o humano, numa dialética, perpassa da individualidade para a grupalidade voltando para sua individualidade. É o caminhar de uma Energia.

Todavia, a pessoa resiliente, e os estudiosos do assunto, aparentemente não compreenderam esse fluxo dialético, contradizendo-se, pois sustenta uma sociedade autodestrutiva, e deseja uma comunidade mais colaborativa. Sua autoregulação é apenas estudada, declarada e profetizada como uma condição “auto”, não investindo e permitindo o caminhar da Energia, esta que apenas segue em frente com a tomada de conscientização desse processo.

Nesse sentido, se a dita sociedade normal humana é negar seu ser-no-mundo, e ser um Ser solitário que se autoregula, MAS não constrói com os outros; prefiro não ter essa normalidade.

O Ser Resiliente, é um ícone para um adequado grupo social, sendo este, hoje, praticamente inexistente, pois as pessoas negam sua solidão, buscando um grupo harmonioso, possuindo atitudes egoístas.


Um comentário:

  1. Arre... Não sei andar de bicicleta. Mas parece que sei sorrir...
    Faz pensar...

    Muitos beijos
    Love you...

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