Devem sem demora saber meus amantes, que se vive num mundo inventado. Inventar em meus termos pode possuir duas significações. O inventar negativo e instituído (inicialmente descrito no segundo capítulo deste Book Virtual), e o positivo que é o criar, também exposto.
Atua-se numa sociedade negativamente inventada e junto a ela, atualmente muitos se aterrorizam pelo patológico, afirmando: “Eu sou normal!”
Para os que não estão familiarizados com o termo, Patologia deriva-se do grego “pathos” significando “sofrimento”, “doença”; e “logia”: “ciência” e “estudo”. Logo o termo é o estudo das doenças em geral sob aspectos determinados. Ela envolve tanto a ciência básica quanto a prática clínica, e é devotada ao estudo das alterações estruturais e funcionais das células, dos tecidos e dos órgãos que estão ou podem estar sujeitos a doenças. Essa é a determinação técnica e biológica que permite se compreender psicopatologia.
É claro que a influência celular evidencia muitas alterações de conduta dos indivíduos. Todavia ao que me refiro, o que pretendendo focar, é o estigma, independente da palavra que se utiliza para referenciar: anormal, maluco, doido, louco...
Vive-se a existência, num mundo em que se afirma que todas as pessoas são singulares. Apesar disso, facilmente um manual generalizador pode identificar sua desordem. Então, que imparidade é essa?
Poderia aqui citar Michel Foucault, filósofo e historiador que é uma referência sobre os estudos psicopatológicos. Porém, já expus em título que a loucura é invenção e obviamente histórica, uma negativa tramóia. Nesse sentido, fica Foucault apenas como menção para os futuros pesquisadores.
Atualmente se encontra na mídia, a série televisiva “Mental: Interstitial”. Esta série é produzida pela Fox e Fox Telecolombia, que estreou em 2009 internacionalmente na América Latina, Europa e Ásia. A trama é sobre o Dr. Jack Gallagher que acaba de assumir a diretoria da área de saúde mental de um hospital em Los Angeles e tem métodos nada ortodoxos para tratar de seus pacientes; além de romper com regras estabelecidas. É óbvio que ele não agrada aos outros psiquiatras, que são leitores assíduos do DSM e CID. Mesmo sendo uma ficção, a série vem trazendo a cada semana, uma temática que auxilia o ser que ali se encontra a recuperar seu Poder, evidenciando essa possibilidade e demonstrando o uso diagnóstico, apenas como referência e não como mandamento divino.
É fácil muitos subumanos classificarem divinamente; é algo que cotidianamente fazem. Todavia, se somos diferentes um dos outros, não há como haver comparação, apenas referência; se o que nos envolve vitalmente é construído na história, então, normal e patológico são sombras que ofuscam o ser humano.
O que existe são pessoas que independente de sua situação (às vezes sim, relacionada a um sofrimento sintético), necessitam, num grupo social, não de serem vistas por seus olhos, pois isso fisicamente é impossível, mas serem ouvidas, reconhecidas... enfim, compreendidas. Caso contrário, educaremos, independente dos recursos, mais seres que viverão sua existência vital, numa dúvida oculta: “Ser o que estou, ou ser o que esperam que eu seja?”
Nisso, como prostituição meu amante, é recomendável a você apreender o sentido de quem está diante de você e não fidedignamente os sentidos das caracterizações instituídas, pois não são os mesmos fatos os que vêem nem os mesmos comportamentos os que descrevem.
Amor, já te disse, mas novamente gostaria de te falar: agora entendo aquela loucura e sofrimento. Foi bom estar perto de você!!!!!!!!
ResponderExcluirMeus Beijos!